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Dr. Lucas Tosi revela para que serve o implante hormonal 2u2p2u

10 de Junho de 2025

Médico também aponta em quais casos esses dispositivos são indicados e seus riscos. 2x4q38

Foto: Divulgação

Existem diversas maneiras de se repor hormônios. Uma delas é a via dos implantes hormonais, ou seja, pequenos dispositivos inseridos sob a pele do paciente na região glútea com o intuito de liberação controlada e contínua de determinado hormônio, conforme a necessidade de cada paciente.

No Brasil há aproximadamente 29 milhões de mulheres entre o climatério e menopausa, segundo dados de 2023 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). É sabido que, no país, as terapias hormonais possuem condutas específicas. Por exemplo: a paciente precisa ter, no mínimo, 18 anos. São vetadas ainda as terapias hormonais somente para fins estéticos e desempenho esportivo.  Diante disso, fica a pergunta: em quais casos são indicados?

A principal função dessa técnica é repor hormônios que seguem em deficiência no corpo. É possível ser utilizado para tratamentos de algumas doenças, como endometriose, miomatose uterina, dentre outras.

Conhecido popularmente como “Chip da Beleza” (isso foi uma resposta de uma saudosa apresentadora de televisão ao ser questionada na época), os implantes hormonais são dispositivos que vão além da estética. “Conforme aplicação, tais hormônios vão sendo liberados de forma programada e contínua, trazendo o equilíbrio hormonal e reduzindo os efeitos que a menopausa pode trazer, por exemplo”, explica o ginecologista e obstetra Dr. Lucas Tosi. Recentemente, a intitulação popular “Chip da Beleza” ganhou nova narrativa, ando a se chamar “Chip da Saúde”. Ou seja, a recomendação é conforme indicação médica.

Vale lembrar que a utilização indevida desses implantes pode acarretar efeitos colaterais. “Quando se utiliza o hormônio de forma inadequada, os efeitos podem incluir alterações do ciclo menstrual, dores de cabeça, alteração do humor, desconforto nas mamas por retenção de líquidos, oleosidade da pele, queda de cabelos, acne... Por isso que toda vez em que se opta por essa via de istração hormonal, é extremamente importante um acompanhamento médico adequado. Os maiores problemas que vão aparecer são por uso indevido e doses erradas”, acrescenta o Dr. Lucas Tosi, que também é CEO do Instituto Tosi, referência em saúde feminina e que já impactou milhares de mulheres em todo o Brasil.

Atualmente no Brasil há dois tipos de implantes hormonais: os Pellets Absorvíveis que duram em torno de 5 a 6 meses (dependendo do metabolismo de cada mulher), e os Silásticos Inabsorvíveis que, como o próprio nome já revela, não são absorvidos pelo organismo, com duração média de 12 meses e com remoção após o período. A inserção de ambos é muito parecida, com anestesia local na região glútea. E de acordo com a técnica utilizada, nem há a necessidade de pontos, apenas um corte de meio centímetro. Os hormônios utilizados para ambos os implantes são basicamente os mesmos.

Caso a paciente decida interromper o tratamento, há duas opções: se o implante utilizado for o absorvível, não se realiza a extração de forma rotineira. No caso dos inabsorvíveis, eles podem ser removidos com certa facilidade, principalmente pelo fato de serem maiores e mais compridos. Sua remoção se dá com anestesia local e técnica cirúrgica minimamente invasiva. “Um ponto importante a ser considerado, é que os implantes hormonais para terapia de reposição não são os mesmos utilizados para a contracepção. Há como mencionar aqui o Implanon que, apesar de também ser um implante hormonal, é utilizado por mulheres mais jovens que não tenham interesse em ter filhos, colocado na parte interna do braço e evitando métodos por via oral ou outra via. É preciso não confundir o Implanon com os implantes hormonais absorvíveis ou silásticos, esses inseridos na região glútea com o intuito claro em equilibrar os hormônios de forma adequada”, finaliza o Dr. Lucas Tosi. O ginecologista e obstetra tem formações em Endoscopia Ginecológica, Uroginecologia e Medicina Integrativa, criou o curso “Hackeando a Menopausa” e o Método Menopausa Moderna. Sua atuação alia ciência e inovação para transformar a vivência da menopausa em uma jornada de equilíbrio e bem-estar.

Contatos: @drlucastosi

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